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Este é um dos muitos textos que têm surgido na imprensa sobre o problema dos pequenos accionistas e que remetem para o tema mais vasto do activismo accionista. A expressão “activismo accionista” abrange distintas realidades que vão desde a actividade dos conhecidos “abutres” até à intervenção dos representantes de fundos de investimento ou de simples pequenos investidores, com distintos objectivos, desde o lucro imediato à criação de valor a longo prazo. De todos temos dado exemplos no Governo das Sociedades, basta pesquisar pela expressão “activismo accionista”. A mim, o que mais me interessa é o activismo destinado à criação de valor a longo prazo, pois a estabilidade é um factor relevante na perspectiva que perfilho de que as empresas – seja qual for a sua dimensão – desempenham uma função mais vasta do que a da simples geração de lucro para os seus accionistas. A prova de que assim é é o medo que gera o eventual “efeito sistémico” dos problemas na banca. Outros exemplos haverá, mas este é o que o ar dos tempos torna mais fácil e evidente.
No caso concreto do BES, não concordo com a imputação de qualquer culpa ou responsabilidade aos pequenos accionistas, embora reconheça que há lições a retirar do que aconteceu (e ainda vai acontecer).
Em geral, duvido muito da capacidade dos pequenos accionistas de ter “voz na gestão” como se sugere no texto que reproduzo. Diria até que, muitas vezes, pode ser contraproducente que a tenham. Mas acho que devem ter informação, verdadeira e clara e devem sempre pedi-la ou confiar os seus interesses a quem a peça e utilize adequadamente no seu interesse, pois pedir e dar informação deve ser uma prática natural no contexto de confiança que a compra de acções num mercado de capitais tem que ser por natureza.
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